Era uma vez um sábado, um dia depois do dia da mentira. Era um sábado de feira, quente, agitado, engarrafado pelos carros, alguns com o som estridente e um vai e vem danado de gente comprando e tomando sorvete de jabuticaba debaixo de um sol escaldante. Mas ninguém reclamava. Parecia um “acordo branco”.
Aproximava-se a hora do almoço, o corre-corre aumentava e uma viagem estava pela frente. Os passageiros suados e cansados pediram para ligar o rádio, um momento pra respirar fundo e encarar alguns quilômetros. Mas essa música, com toda sua “letra”, não caiu bem. O jeito foi procurar uma estação de rádio e estava lá um candidato se lançando a vice-prefeito, mas transvestido de candidato a prefeito. A prova inconteste disso foi a demonstração de ouvintes “escalados” para ligar e atrapalhar a entrevista que ficou travada.
Porém, um sopro divino, um milagre aconteceu: alguém liga e diz que tudo não passava de cartas marcadas, que nada de novo vai surgir e conta o mesmo blá blá blá de sempre e definitivamente inibe qualquer reação do pré- candidato a prefeito que sonha em ser vice, de qualquer lado, não importa. E alertou: cuidado com esses conchavos entre os que fazem a oposição e a situação na cidade. Mas não podia faltar a romaria dos que ligavam, elogiavam e depois corriam para os estúdios da emissora para serem vistos e quem sabe receber o generoso convite para degustar uma saborosa galinha à cabidela. Tudo pelo apoio.
Fica a certeza que o “bom mineiro”, apesar da fala mansa, costuma “engolir” uma parte das palavras, mas em verdade, nós teremos que engoli-lo no final.
Muita gente boa em Guarabira, não só sabe do acordo Paulino X Toscano como participa de todas as reuniões que é realizada a cada 8 anos. Veja o que acontecerá daqui a 8 anos e voce terá a confirmação. Agora, é preciso tira a venda dos olhos.
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