Marcela Rocha/TERRA Para tentar reverter a sangria causada com a criação do PSD, o DEM pretende recorrer com medidas judiciais em todos os Tribunais Regionais Eleitorais (TRE) onde o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, tentar registrar a nova sigla. O intuído é impedir que ela dispute eleições em 2012.
A estratégia de atrasar o registro é confirmada pelo líder demista na Câmara, deputado ACM Neto. Segundo integrantes do ex-PFL, o DEM quer impedir que o PSD seja oficialmente criado até 5 de outubro de 2011, data limite para a filiação dos que pretendem disputar eleições do próximo ano.
Antes de apresentar o partido junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Kassab precisa registrá-lo em, no mínimo, nove estados. O DEM aposta que, caso consigam provocar este atraso, os deputados desertores possam recuar da decisão de aderir à nova sigla.
O prefeito conseguiu atrair para o seu projeto os governadores do Amazonas e de Santa Catarina, além de cinco vices. Prefeitos, o PSD já tem o de São Paulo e o de Maceió, Cícero Almeida.
Ainda para tentar reverter as baixas na legenda, o DEM planeja uma "reformulação", aos moldes da feita em 2007, quando, sob o comando de Jorge Bornhausen (SC), a agremiação foi refundada e deixou de ser o Partido da Frente Liberal (PFL). O catarinense também deixou o partido do qual foi um dos idealizadores.
Diferente do que fizeram em 2007, líderes dizem não estar prevista mais uma mudança no nome do partido, no entanto, não negam que isto possa ocorrer.
Os demistas falam em "pesquisas por todo o país", "ajuste de posição pública do partido", "modernizar a comunicação", "alterar slogan e site". Mas admitem que o partido precisa rever o discurso Liberal. Segundo um dos entusiastas desta nova reforma, o DEM estuda como adotar um discurso mais "vanguardista"
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