A marcha de avacalhamento do sistema partidário brasileiro avança. A doença da vaca acomete do partido mais novo, PSD, ao mais antigo, PCdoB, fundado em 1922. Veja só:
Gilberto Kassab, 50 anos, pôs no estatuto desse novo PSD um artigo que garante: o partido não irá à Justiça caso algum filiado seu mude de legenda. Isto quer dizer que o PSD se oferece como trampolim ou motel para parlamentares saírem legalmente de seus partidos originais e, depois de um rápido estágio, seguirem para outras legendas. Kassab também já avisou que o PSD não será “nem esquerda, nem direita ou centro”. Ou seja, deu vaca na cabeça.
Gabriel Chalita só tem 42 anos. Mas já vai para seu terceiro partido — foi do PSDB, do PSB e, agora, é do PMDB. Atrás de bater recordes (já publicou 54 livros), o escritor compulsivo parece querer provar um pouco de cada partido brasileiro. São 28, ao todo. Quem sabe o fofo chega lá?
Paulo Skaf, 56 anos, presidente da Fiesp, tem dois anos de vida partidária e dois partidos no currículo. O primeiro foi o PSB. Para quem estranhou, na época, um “capitalista” numa legenda socialista, Skaf foi sincero: o “s” do socialismo é “só uma letrinha”. E é mesmo. Semana passada, o empresário fez uma transposição para o PMDB, atraído pelas ideias do partido sobre... coisa nenhuma.
Aldo Rebelo, 55 anos, é do PCdoB. Mas, na questão do Código Florestal, suas posições ficaram mais próximas dos ruralistas do que da esquerda. Nada contra Aldo mudar de lado. Mas que é esquisito, é. Afinal, o partido dele passou parte da vida adorando Mao Tse Tung, o chinês que mandou matar muitos ruralistas e ainda dizia que os camponeses ricos tinham “uma forte propensão para o capitalismo”. Aliás, o PCdoB sonha em cooptar Neguinho da Beija-Flor para ser candidato a prefeito de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, mesmo sabendo que o querido artista é capaz de confundir Lenin, o líder bolchevique, com o cantor pernambucano do mesmo nome. Com todo o respeito.
Ancelmo Gois
O Globo
Gilberto Kassab, 50 anos, pôs no estatuto desse novo PSD um artigo que garante: o partido não irá à Justiça caso algum filiado seu mude de legenda. Isto quer dizer que o PSD se oferece como trampolim ou motel para parlamentares saírem legalmente de seus partidos originais e, depois de um rápido estágio, seguirem para outras legendas. Kassab também já avisou que o PSD não será “nem esquerda, nem direita ou centro”. Ou seja, deu vaca na cabeça.
Gabriel Chalita só tem 42 anos. Mas já vai para seu terceiro partido — foi do PSDB, do PSB e, agora, é do PMDB. Atrás de bater recordes (já publicou 54 livros), o escritor compulsivo parece querer provar um pouco de cada partido brasileiro. São 28, ao todo. Quem sabe o fofo chega lá?
Paulo Skaf, 56 anos, presidente da Fiesp, tem dois anos de vida partidária e dois partidos no currículo. O primeiro foi o PSB. Para quem estranhou, na época, um “capitalista” numa legenda socialista, Skaf foi sincero: o “s” do socialismo é “só uma letrinha”. E é mesmo. Semana passada, o empresário fez uma transposição para o PMDB, atraído pelas ideias do partido sobre... coisa nenhuma.
Aldo Rebelo, 55 anos, é do PCdoB. Mas, na questão do Código Florestal, suas posições ficaram mais próximas dos ruralistas do que da esquerda. Nada contra Aldo mudar de lado. Mas que é esquisito, é. Afinal, o partido dele passou parte da vida adorando Mao Tse Tung, o chinês que mandou matar muitos ruralistas e ainda dizia que os camponeses ricos tinham “uma forte propensão para o capitalismo”. Aliás, o PCdoB sonha em cooptar Neguinho da Beija-Flor para ser candidato a prefeito de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, mesmo sabendo que o querido artista é capaz de confundir Lenin, o líder bolchevique, com o cantor pernambucano do mesmo nome. Com todo o respeito.
Ancelmo Gois
O Globo
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