terça-feira, 6 de setembro de 2011

Alagoinha: Assessoria do Bradesco informou que vai repor caixas em setembro

Em cidades do interior da Paraíba, onde caixas eletrônicos foram explodidos, moradores estão viajando para cidades vizinhas para sacar dinheiro e ter acesso a outros serviços bancários. Isto porque muitas das cidades que se tornaram alvos dos bandidos não têm agências bancárias e os terminais de atendimento eram as únicas opções de saque.

Um dos casos é do município de Mulungu, Agreste paraibano, onde os 9.469 moradores estão sem opção de saque há dois meses. O terminal eletrônico do banco Bradesco foi explodido duas vezes por assaltantes e não funciona desde o último ataque, ocorrido no dia 1º de julho.

A situação é semelhante em outra cidade próxima, Alagoinha. Para a funcionária pública Maria Susana da Silva Freire, a explosão do caixa dificultou sua vida.

“Foi um choque muito grande. Antes, a gente tinha acesso à nossa conta a qualquer momento. Hoje fica difícil porque a gente tem que deslocar para Guarabira para fazer saque, consulta e depósito. Se a prefeitura deposita dinheiro na sexta-feira à noite, a gente tem que ir para Guarabira no sábado de manhã e enfrentar toda a movimentação da feira para poder ter acesso ao nosso pagamento”, comentou.

A professora Elizabeth Rodrigues Barbosa, que também mora em Alagoinha, explicou que ainda tem gastar dinheiro com táxi para se deslocar de uma cidade para outra. Ela teme ser observada por criminosos durante o transporte do dinheiro até sua casa. “A gente sai daqui transtornada com medo de alguém. Com a bandidagem solta, a gente tem medo de sofrer assalto nessas viagens”.

A assessoria de imprensa do Bradesco em São Paulo informou ao G1 que o banco fará em setembro a reposição dos terminais citados na reportagem.

Conforme a Secretaria Estadual de Segurança Pública, a Paraíba está entre os estados com maior número de prisões de assaltantes de banco no Nordeste. Mais de 60 pessoas foram presas pela polícia paraibana neste ano sob suspeita de participação em roubos a bancos e correspondentes bancários com uso de explosivos ou maçaricos.

Além da ação da segurança pública, os bancos investem anualmente cerca de R$ 9,2 bilhões em segurança. Os dados são da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Um dos métodos implantados para evitar as explosões em caixas é um dispositivo que mancha as notas de vermelho quando o aparelho é danificado. No entanto, de acordo com o Sindicato dos Bancários da Paraíba, a medida ainda não foi implantada localmente.

G1 Paraíba
Postado por Cid Cordeiro

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