domingo, 4 de dezembro de 2011

Luto no futebol: Sócrates não resiste à 3ª internação e morre em São Paulo, vítima de infecção generalizada




O ex-jogador Sócrates morreu às 4h30 neste domingo, no hospital Albert Einstein, em São Paulo, em decorrência de infecção generalizada. Ídolo do Corinthians, Sócrates, de 57 anos, havia sido internado pela 3ª vez desta vez em virtude de infecção intestinal. A infecção, porém, se generalizou, afetando outros órgãos.

Nas outras internações, o ex-atleta batalhou contra cirrose hepática, que causou hemorragia e problemas sérios no esôfago.

De acordo com o jornalista do UOL Juca Kfouri, Sócrates começou a passar mal após um almoço em um hotel em São Paulo na quinta-feira. No mesmo dia, ele foi encaminho ao hospital Albert Einsten em Alphaville. Pouco depois, Sócrates foi transferido para a sede do hospital. Ele pode ter sofrido a infecção intestinal causada por uma bactéria.

Sócrates esteve em sua terceira internação neste ano após tratar a hemorragia digestiva que teria sido causada pelo consumo de álcool de forma prolongada.

Na primeira internação, Sócrates ficou oito dias na UTI, recebendo alta em 27 de agosto. Os médicos instalaram uma espécie de cateter para estancar a hemorragia entre o pescoço e o fígado.

Aliviado quando deixou o hospital na primeira vez, em 27 de agosto, o ex-jogador afirmou que tinha vencido a luta e que ainda “incomodaria bastante”.

No entanto, voltou a ser internado nove dias depois, em estado gravíssimo. “Ele chegou mais morto do que vivo ao hospital”, relembra um dos filhos de Sócrates.

Sócrates tinha um perfil atípico para um jogador. Formado em medicina, o ex-meio-campista se engajou em lutas políticas, como o Diretas Já, nos anos 80. Ele foi um dos artífices da Democracia Corintiana, que estabelecia poderes aos jogadores nas decisões do clube.

O ex-jogador jamais escondeu o que pensava. Sócrates enfrentou o alcoolismo, problema enfrentado ainda como atleta profissional. Pela seleção brasileira, Sócrates disputou duas Copas do Mundo: 1982 e 1986.

O primeiro Mundial foi o que mais marcou o Magrão, autor de belos gols no torneio, entre os quais contra a União Soviética e Itália. Esquerdista e politizado, Sócrates estudou proposta para comandar a seleção de Cuba, mas a negociação não evoluiu. O ex-jogador deixa mulher e filhos. Raí, um dos seus irmãos, ficou famoso por ser ídolo no São Paulo na década de 90.

UOL

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