Não voto nesta eleição porque meu título eleitoral foi suspenso por eu ter faltado ao recadastramento. Mas se votasse, certamente anularia, por questões ideológicas que não vem ao caso discutir. No entanto, digo que no governador José Maranhão eu não votaria nem sob tortura. Por uma razão simples: sou um sujeito que me dedico ao repasse de saberes entre produtores culturais, estudantes e artistas amadores. No primeiro governo do senhor Maranhão, a Subsecretaria de Cultura do Estado da Paraíba aprovou meu projeto para montar a peça “A peleja de Lampião com o Capeta”. Nunca recebi os recursos correspondentes, apesar de ter sido publicado no Diário Oficial e percorrido todos os trâmites burocráticos.
Um amigo meu teve também projeto aprovado na mesma área de teatro, e não recebeu. Entrou com ação judicial contra o Estado, ganhou a causa, mas continua sem receber a verba.
Uns caras que trabalham nesse setor de cultura andaram assinando manifesto de apoio à reeleição do senhor José, direito que assiste a todo cidadão. Permito-me também expor meu ponto de vista com relação ao assunto. Falta apoio e respeito pela cultura nas gestões do ex-senador José. Não merece aprovação dos artistas e produtores culturais. Não entende a complexidade do processo cultural, falta-lhe visão para respeitar a diversidade e caminhar impregnado de uma ética e de uma filosofia que se coadune com os preceitos das políticas públicas geradas no governo Lula, onde se desenvolveu um programa de democratização e acesso à cultura nunca visto no país.
Por mais que sejamos anti PT, não podemos obscurecer o fato de que foi no governo de Lula que a cultura nacional ganhou instrumentos para que as múltiplas vozes brasileiras, em todos os quadrantes, ganhassem expressão. São milhares de vozes historicamente silenciadas, que agora cantam, dançam, produzem filmes, teatro, artesanato e meio de vida com a criação de meios “para que o povo fale, cante, grite, desenhe seus sonhos e suas vontades” como bem afirmou o cantador Emir Sader. Estou falando dos Pontos de Cultura, a revolução cultural no sentido de que é realmente uma construção de alternativas de transformação radical da realidade, tendo como protagonista o próprio povo.
Gerenciar cultura nesse novo contexto nacional é apontar caminhos, compreender realidades, aproximar as pessoas, quebrar hierarquias e construir novas legitimidades. O perfil de autoritarismo e caciquismo do senhor José não lhe confere aptidão para tão nobre e democrática tarefa.
PS (1) – Na minha terra, cobra d’água é o sujeito que não tem o poder do voto.
Fábio Mozart
Um amigo meu teve também projeto aprovado na mesma área de teatro, e não recebeu. Entrou com ação judicial contra o Estado, ganhou a causa, mas continua sem receber a verba.
Uns caras que trabalham nesse setor de cultura andaram assinando manifesto de apoio à reeleição do senhor José, direito que assiste a todo cidadão. Permito-me também expor meu ponto de vista com relação ao assunto. Falta apoio e respeito pela cultura nas gestões do ex-senador José. Não merece aprovação dos artistas e produtores culturais. Não entende a complexidade do processo cultural, falta-lhe visão para respeitar a diversidade e caminhar impregnado de uma ética e de uma filosofia que se coadune com os preceitos das políticas públicas geradas no governo Lula, onde se desenvolveu um programa de democratização e acesso à cultura nunca visto no país.
Por mais que sejamos anti PT, não podemos obscurecer o fato de que foi no governo de Lula que a cultura nacional ganhou instrumentos para que as múltiplas vozes brasileiras, em todos os quadrantes, ganhassem expressão. São milhares de vozes historicamente silenciadas, que agora cantam, dançam, produzem filmes, teatro, artesanato e meio de vida com a criação de meios “para que o povo fale, cante, grite, desenhe seus sonhos e suas vontades” como bem afirmou o cantador Emir Sader. Estou falando dos Pontos de Cultura, a revolução cultural no sentido de que é realmente uma construção de alternativas de transformação radical da realidade, tendo como protagonista o próprio povo.
Gerenciar cultura nesse novo contexto nacional é apontar caminhos, compreender realidades, aproximar as pessoas, quebrar hierarquias e construir novas legitimidades. O perfil de autoritarismo e caciquismo do senhor José não lhe confere aptidão para tão nobre e democrática tarefa.
PS (1) – Na minha terra, cobra d’água é o sujeito que não tem o poder do voto.
Fábio Mozart
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