Bem que eu desconfiava da criatividade de um Biu Penca Preta, o talento de Roberto Palhano e a inteligência excepcional de tantos outros bebedores que conheço.
É sério! A constatação foi feita por dois estudos, um no Reino Unido (o National Child Development Study) e outro nos EUA (o National Longitudinal Study of Adolescent Health). Crianças inteligentes, quando adultos bebem mais do que a média. Quer saber porque? Os cientistas também querem. Uma das teorias é de que essa relação entre álcool e inteligência seria um traço evolutivo que começou há cerca de 10 mil anos, quando finalmente surgiu o álcool bebível.
Pelo sim ou pelo não, encha o copo e tome seu pifão. Podem te chamar de pinguço, zé garrafa, meiota, pé de cana, manguaceiro e canabrava, mas de burro não! O cara que toma umas biritas geralmente é bem dotado de talento.O bêbado de fé quase sempre é um filósofo de balcão de bar. Tem resposta pra tudo, entende de tudo. Os infiltrados, aqueles que não bêbados de fé, são os temidos chatos, os autênticos “porres”, caras que não têm muita inteligência. E como são cafonas os infiltrados! Tem o clássico anos 70, que chega de calça de tergal no bar, camisa pólo listrada azul e branca com a carteira de cigarro no ombro por baixo da manga da camisa, óculos raiban, incisivo de ouro, eleitor de Zé Serra e torcedor do Flamengo, faz cara bem boçal e pede:
- Ô Zé, me vê um drink aí!
Chamar “rabo de galo” de drink é muita frescura, própria dos infiltrados, portanto burros. Pra quem não sabe, “rabo de galo” é a mistura de cachaça com vinho “garapão”.
A música “O bêbado e a equilibrista” foi feita por um poeta e um músico bêbados. O Pasquim, ícone do jornalismo de resistência na ditadura, era feito por jornalistas bebinhos. As obras primas da música, da poesia, literatura e outras artes foram construídas durante porres dos seus genais autores.
Jack Kerouac disse: “Quanto mais velho eu fico, mais bêbado eu me torno. Por quê? Porque eu gosto do êxtase da mente.” O genial Ernest Hemingway escreveu: “Um homem inteligente às vezes é forçado a ficar bêbado para gastar um tempo com suas bobagens.” Ele não recomendava álcool para qualquer um, mas dizia: “Isso sempre funcionou comigo.”
Beber é algo emocional. Faz com que você saia da rotina do dia-a-dia, impede que tudo seja igual. Arranca você pra fora do seu corpo e de sua mente e joga contra a parede. Eu tenho a impressão de que beber é uma forma de suicídio onde você é permitido voltar à vida e começar tudo de novo no dia seguinte. É como se matar e renascer. Acho que eu já vivi cerca de dez ou quinze mil vidas. Quem afirmou isso, de ressaca naturalmente, foi Charles Bukowski, o bebinho da foto acima, tomando sua primeira cerva pela manhã.
Fabio Mozart
É sério! A constatação foi feita por dois estudos, um no Reino Unido (o National Child Development Study) e outro nos EUA (o National Longitudinal Study of Adolescent Health). Crianças inteligentes, quando adultos bebem mais do que a média. Quer saber porque? Os cientistas também querem. Uma das teorias é de que essa relação entre álcool e inteligência seria um traço evolutivo que começou há cerca de 10 mil anos, quando finalmente surgiu o álcool bebível.
Pelo sim ou pelo não, encha o copo e tome seu pifão. Podem te chamar de pinguço, zé garrafa, meiota, pé de cana, manguaceiro e canabrava, mas de burro não! O cara que toma umas biritas geralmente é bem dotado de talento.O bêbado de fé quase sempre é um filósofo de balcão de bar. Tem resposta pra tudo, entende de tudo. Os infiltrados, aqueles que não bêbados de fé, são os temidos chatos, os autênticos “porres”, caras que não têm muita inteligência. E como são cafonas os infiltrados! Tem o clássico anos 70, que chega de calça de tergal no bar, camisa pólo listrada azul e branca com a carteira de cigarro no ombro por baixo da manga da camisa, óculos raiban, incisivo de ouro, eleitor de Zé Serra e torcedor do Flamengo, faz cara bem boçal e pede:
- Ô Zé, me vê um drink aí!
Chamar “rabo de galo” de drink é muita frescura, própria dos infiltrados, portanto burros. Pra quem não sabe, “rabo de galo” é a mistura de cachaça com vinho “garapão”.
A música “O bêbado e a equilibrista” foi feita por um poeta e um músico bêbados. O Pasquim, ícone do jornalismo de resistência na ditadura, era feito por jornalistas bebinhos. As obras primas da música, da poesia, literatura e outras artes foram construídas durante porres dos seus genais autores.
Jack Kerouac disse: “Quanto mais velho eu fico, mais bêbado eu me torno. Por quê? Porque eu gosto do êxtase da mente.” O genial Ernest Hemingway escreveu: “Um homem inteligente às vezes é forçado a ficar bêbado para gastar um tempo com suas bobagens.” Ele não recomendava álcool para qualquer um, mas dizia: “Isso sempre funcionou comigo.”
Beber é algo emocional. Faz com que você saia da rotina do dia-a-dia, impede que tudo seja igual. Arranca você pra fora do seu corpo e de sua mente e joga contra a parede. Eu tenho a impressão de que beber é uma forma de suicídio onde você é permitido voltar à vida e começar tudo de novo no dia seguinte. É como se matar e renascer. Acho que eu já vivi cerca de dez ou quinze mil vidas. Quem afirmou isso, de ressaca naturalmente, foi Charles Bukowski, o bebinho da foto acima, tomando sua primeira cerva pela manhã.
Fabio Mozart
bem interessante rsrs...
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