O confronto esquentou quando Maranhão acusou Ricardo Coutinho de não ter feito obras estruturantes em João Pessoa, sobretudo na Saúde, e de mudar de opinião frequentemente. Ricardo Por sua vez, acusou Maranhão de utilizar o dinheiro público somente em benefício próprio ao construir um aeroporto em Araruna, onde, segundo o ex-prefeito da Capital, o único favorecido seria o próprio peemedebista.
A primeira pergunta do peemedebista foi questionando o ex-prefeito de João Pessoa sobre a aceitação da lei que ficou conhecida como a PEC 300 da Paraíba e foi aprovada na Assembleia Legislativa da Paraíba na quarta-feira (27) depois de muita polêmica. O autor do projeto de lei em cima do segundo turno para aumentar o salário dos policiais foi José Maranhão.
Em resposta à pergunta, Ricardo Coutinho garantiu que nunca foi contra a PEC 300 e que pagará aos policiais todos os “aumentos considerados legais”. Além disto, Ricardo prometeu, se eleito governador, incluir policiais em programas sociais, sobretudo na área de habitação. Já na área de educação, os candidatos trocaram acusações sobre supostas quedas de matrículas nos governos adversários.
O debate foi dividido em três blocos e mediado pelo repórter do Jornal Nacional, André Luiz Azevedo. No primeiro bloco os candidatos fizeram perguntas a partir de temas sorteados, no segundo o tema das perguntas foi livre e o terceiro bloco foi destinado às considerações finais. O debate foi transmitido pelas TVs Cabo Branco e Paraíba e em tempo real, pela internet, pelo portal Paraíba1.
Paraiba1
Os famosos panfletos que pululam os céus e terras do Estado chamando Ricardo Coutinho de Macumbeiro. Estou com ele diante dos meus olhos. Uma pobreza. Fotos montadas, teses mirabolantes comparando o boneco de Coutinho com o “Caboclo Girassol”, mais abaixo vejo um Jesus Cristo todo de branco pegando uma queda de braço com o Cão Canjiquinha e por último as obras de arte espalhadas pela Prefeitura para homenagear os artistas da terra, transformadas, no panfleto, em forças ocultas utilizadas pelo satânico doutor Ricardo para dominar o povo.
ResponderExcluirO panfleto começa citando a Bíblia, num atrevimento que me arrepia. Arrepia mais ainda a frase “...e que somente Deus pode nos dá (sic)”. Sinceramente, dona Joana, custava nada caprichar na escrita?
Uma fotografia do panfleto mostra um símbolo cruzado e desenhos infernais, estando escrito na legenda que “...acima, vemos as posições estratégicas de onde estão instaladas as “obras culturais” do candidato ao Governo do Estado que forma um pacto satânico”.
Faço uma pausa. Suspiro. Olho tudo de novo e juro que fico sem saber o que dizer. Se expresso o que me vem da alma, certamente vão me processar. Melhor parar um pouco. Pensar, refletir. Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.
Mas que é um absurdo, é. Quer dizer que as obras de arte são coisas do demo? E Ariano Suassuna, que tem sua Pedra do Reino exibida na Lagoa, diz o que disso tudo? Deve ser por isso ele mora em Recife e só vem aqui de passagem. Conviver com um povo desses é o mesmo que terminar uma faculdade, fazer pós graduação e ir morar no sítio.
Começo a me preocupar com o amigo Livardo Alves, transformado em vigia do Ponto de Cem Réis. Daqui a pouco vão dizer que a estátua dele, sempre naquela posição, sentada e de pernas cruzadas, é uma elegia à preguiça recolhida de que me falava finado Cocó naqueles idos. E Caixa D`água, que virou estátua lá na Aristides Lobo! O poeta, de paletó branco e sua inseparável maleta, espia para a Prefeitura. Daqui a pouco vão dizer que dentro da maleta tem algum despacho.
Aos que moram noutras plagas, rogo para não verem ou ouvirem o que estamos olhando e escutando. Façam isso, antes que sejamos transformados na chacota do Brasil, alvo da mangação nacional, com direito a ter a testa carimbada com a denominação de gente atrasada, fanáticos religiosos, réplicas de Antonio Conselheiro, beradeiros.
Não olhem, forasteiros, porque aqui nem todos são doentes mentais, desequilibrados do juízo. Temos pessoas de bom senso que discordam dessa baixaria, e que sentem vergonha de tudo isso.