quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Colunista do Parlamentopb Stalimir Vieira destaca a coerência política do deputado federal reeleito Luiz Couto


Colunista do Parlamentopb Stalimir Vieira destaca a coerência política do deputado federal reeleito Luiz Couto (PT),critica o partido e a mediocridade que se aproximou de Maranhão.

Leia na íntegra.

Parabéns, Luiz Couto

Luiz Couto talvez seja o último exemplar de político coerente no mundo. Não, na verdade, é o último exemplar de político coerente no mundo que não perde votos por conta disso. Pelo contrário, ganha.

Seus 95.000 votos são uma bofetada muito bem aplicada naqueles que fizeram o diabo para, primeiro, tentá-lo a trair-se e, depois, para crucificá-lo. É curioso como, em nome de um “projeto maior”, consiga-se juntar gente dos mais variados matizes políticos dispostas a matar a pau aquele que se nega a renunciar à matéria-prima da sua reputação.

Luiz Couto tem história e cultura suficientes para identificar num “projeto maior” apenas gana de poder, oportunismo, coisa antiga e manjada, mas maquiada para parecer coisa séria. O PT da Paraíba mais uma vez foi vergonhoso. Há muito tempo, Luiz Couto é uma das suas raríssimas reservas morais. Por isso, é tão sacrificado, agredido, humilhado, mas sempre mantido no partido. Simples: contraditoriamente tem que ser engolido por seus algozes por ser a única possibilidade real de se sustentar um discurso falso.

Agora, revelados os resultados do primeiro turno na Paraíba, revela-se, simultaneamente, a mediocridade que se aglomera em torno de José Maranhão. Interessante que quem, em tese, estava “mal-acompanhado” era Ricardo Coutinho, mas quem, no final das contas, dá-se conta das más-companhias que o rodeiam é Maranhão. Isso tudo pode ter parecido novidade para aqueles que davam a eleição como favas contadas. Mas para quem assistiu à campanha de longe e com independência, bastou atentar às adesões cotidianas que a lorota de uma eleição fácil promovia para perceber que a coligação Paraíba Unida era um saco de gatos ainda maior que a coligação Uma Nova Paraíba.

Talvez tenha faltado ao governador abrir o peito, como o fez Ricardo, e dizer com todas as letras que alianças são necessárias para se chegar ao poder, embora nem sempre sejam facilmente palatáveis ao eleitor. Uma franqueza extraordinária e pouco afeita às campanhas convencionais, mas que teve o mérito de esvaziar o discurso dos adversários. Faltou, ainda, a José Maranhão, certamente, a companhia de um único nome, exemplar, que avalizasse as explicações necessárias para determinadas alianças.

Faltou um Luiz Couto. Mas esse já tinha feito a sua escolha.

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