domingo, 28 de agosto de 2011

Prefeito “fecha cidade” porque vereadores não aprovaram suplementação orçamentária

Situada a 116 quilômetros de Maceió, a cidade de Paulo Jacinto vive uma situação inusitada: uma “greve de prefeito”. Há cinco dias, a população está sem os serviços básicos de Saúde e Educação. As aulas foram suspensas nas escolas, os postos médicos só atendem emergências, as ambulâncias estão paradas e até o recadastramento do Bolsa-Família foi interrompido. Tudo isso por causa de uma briga entre o prefeito e a Câmara de Vereadores do município.

Na última sexta-feira (19), o prefeito Marcos Lisboa anunciou em carro de som que iria “fechar a cidade” se os vereadores não aprovassem um pedido de suplementação orçamentária no valor de R$ 8 milhões. Como a matéria não foi aprovada, ele cumpriu a promessa e paralisou os principais serviços prestados à população, inclusive os que são financiados com verba federal.

A casa alegou inconstitucionalidade e devolveu o pedido. Sem demonstrar inquietação e muito firme nas suas argumentações, o prefeito Marcos Lisboa afirma que a alegação de inconstitucionalidade é arbitrária e que vai insistir na aprovação. Em relação aos serviços parados desde a semana passada, ele nega que esteja pressionando ou chantageando os vereadores e os culpa pela paralisação das escolas e postos de saúde. “Estamos sem rubrica para pagar as equipes do PSF (Programa de Saúde da Família). Com isso, as três equipes estão paradas. Também estamos sem custeio para a Saúde e a Educação. Não temos recursos para compra de material de consumo. Fui forçado a suspender as aulas nas escolas por falta de material de consumo. Essa é a parte que mais me preocupa, os estudantes”, diz Marcos Lisboa.

www.coisasdemaceio.com.br

Postado por Cid Cordeiro

Nenhum comentário:

Postar um comentário