SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE
SEGUNDA GERÊNCIA REGIONAL DE SAÚDE
HOSPITAL REGIONAL DE GUARABIRA
SEGUNDA GERÊNCIA REGIONAL DE SAÚDE
HOSPITAL REGIONAL DE GUARABIRA
Ofício 01/2010 CM/CSG
Guarabira, 8 de Novembro de 2010
Ao Conselho Regional de Medicina – PB
Ilmo. Prof. Dr. João Medeiros Filho
Através do presente documento, levo ao conhecimento do ilustre denúncia quanto ao iminente colapso assistencial do atendimento em emergência pediátrica na região polarizada pelo município de Guarabira.
Desde o mês de Março do presente ano, foi publicizado pelo Dr. Geraldo Camilo, proprietário do
Hospital e Maternidade Senhora da Luz, que a partir de Abril o hospital deixaria de prestar serviços ao SUS, a qual era conveniada e única prestadora de serviço de emergência e internamentos em pediatria, além de ter um considerável número de partos em sua maternidade, na época até maior que o Hospital Regional de Guarabira.
O fato acima foi motivo de muita preocupação pelas autoridades e sociedade civil, tendo em vista que caso se concretizasse, as crianças da região que precisassem de um atendimento emergencial em pediatria não teriam para onde recorrer.
Nesta época, sendo eu Diretor Técnico do Hospital Regional de Guarabira, deixamos claro às autoridades da Secretaria de Saúde do Estado e Município da impossibilidade de nosso hospital absorver tal demanda, tendo em vista a exigüidade de instalações físicas e recursos humanos em nosso hospital.Seria como se tivéssemos do dia para noite, criar um hospital dentro de outro hospital, já que o numero de leitos da Maternidade Senhora da Luz em Pediatria e Obstetrícia superava o número de leitos da nossa unidade.
Após diversos entendimentos entre o Dr. Geraldo Camilo e a secretaria de Saúde do Estado, ficou
decidido que o atendimento seria mantido, até que o Estado encontrasse uma solução para a questão. Mesmo com este entendimento, vimos nos meses subseqüentes os nossos atendimentos em obstetrícia aumentarem em 100%, o que gerou sobrecarga ao serviço e conseqüentemente aos profissionais em nossa Maternidade. Porém, mantivemos o atendimento com o melhor padrão de qualidade possível, levando em conta as precárias condições de um serviço público carente de investimentos por parte da Secretaria de Saúde do Estado da Paraíba.
Nos últimos dias, após o resultado das eleições, voltou à tona o assunto acima, pois foi mais uma
vez comunicado pelo Dr. Geraldo Camilo que o seu serviço deixaria de atender os pacientes do SUS a partir do dia 8 de Novembro.
Desde então a equipe de nosso hospital vêm sendo submetida a pressões, tanto por parte dos pacientes, que procuram um atendimento em nossa unidade o qual não dispomos, alegando que no Hospital Senhora da Luz só estão atendendo os casos de morte iminente.
Na nossa escala de plantão não temos médicos designados para o atendimento em emergência
pediátrica, já que não temos este setor, e sim um Neonatologista/Pediatra para assistir aos recém-nascidos em sala de parto, cuja demanda já é de mais um profissional tendo em vista o aumento absurdo da demanda nos últimos meses. Este profissional não pode ausentar-se de suas obrigações para atender em um setor que não existe, deixando o outro descoberto, com risco de conseqüências graves.
Deixamos claro que não é nossa intenção omitir socorro aos casos emergenciais, porém não temos estrutura física, leitos, profissionais habilitados nos mais diversos setores, para atender esta demanda, assim colocando em risco a saúde das crianças que nos procuram e a segurança profissional dos que os atendem.
Surpreende-nos a leniência por parte da edilidade municipal com relação ao exposto, tendo em vista não ter buscado alternativa para o problema desde o seu surgimento, aguardando a solução por parte do Estado, principalmente pelo fato do município ter gestão plena e ser referenciado por toda esta região. Não aceitaremos o improviso como solução para um problema que coloca a vida de nossas crianças em risco e não pagaremos o preço pela inércia das autoridades em resolvê-lo.
Como Coordenador da Maternidade deste hospital, sendo membro da Sociedade Brasileira de Pediatria e preocupado com a saúde desta particular população que necessita de um atendimento digno e qualificado, com humanização e respeito, solicito da Ilustre autoridade as medidas urgentes cabíveis, para salvaguardar os pacientes e os profissionais de nosso hospital e nos auxiliar na busca de uma real solução para este grande problema do momento.
Flávio A. L. Tavares de Melo
Coordenador da Maternidade
Guarabira, 8 de Novembro de 2010
Ao Conselho Regional de Medicina – PB
Ilmo. Prof. Dr. João Medeiros Filho
Através do presente documento, levo ao conhecimento do ilustre denúncia quanto ao iminente colapso assistencial do atendimento em emergência pediátrica na região polarizada pelo município de Guarabira.
Desde o mês de Março do presente ano, foi publicizado pelo Dr. Geraldo Camilo, proprietário do
Hospital e Maternidade Senhora da Luz, que a partir de Abril o hospital deixaria de prestar serviços ao SUS, a qual era conveniada e única prestadora de serviço de emergência e internamentos em pediatria, além de ter um considerável número de partos em sua maternidade, na época até maior que o Hospital Regional de Guarabira.
O fato acima foi motivo de muita preocupação pelas autoridades e sociedade civil, tendo em vista que caso se concretizasse, as crianças da região que precisassem de um atendimento emergencial em pediatria não teriam para onde recorrer.
Nesta época, sendo eu Diretor Técnico do Hospital Regional de Guarabira, deixamos claro às autoridades da Secretaria de Saúde do Estado e Município da impossibilidade de nosso hospital absorver tal demanda, tendo em vista a exigüidade de instalações físicas e recursos humanos em nosso hospital.Seria como se tivéssemos do dia para noite, criar um hospital dentro de outro hospital, já que o numero de leitos da Maternidade Senhora da Luz em Pediatria e Obstetrícia superava o número de leitos da nossa unidade.
Após diversos entendimentos entre o Dr. Geraldo Camilo e a secretaria de Saúde do Estado, ficou
decidido que o atendimento seria mantido, até que o Estado encontrasse uma solução para a questão. Mesmo com este entendimento, vimos nos meses subseqüentes os nossos atendimentos em obstetrícia aumentarem em 100%, o que gerou sobrecarga ao serviço e conseqüentemente aos profissionais em nossa Maternidade. Porém, mantivemos o atendimento com o melhor padrão de qualidade possível, levando em conta as precárias condições de um serviço público carente de investimentos por parte da Secretaria de Saúde do Estado da Paraíba.
Nos últimos dias, após o resultado das eleições, voltou à tona o assunto acima, pois foi mais uma
vez comunicado pelo Dr. Geraldo Camilo que o seu serviço deixaria de atender os pacientes do SUS a partir do dia 8 de Novembro.
Desde então a equipe de nosso hospital vêm sendo submetida a pressões, tanto por parte dos pacientes, que procuram um atendimento em nossa unidade o qual não dispomos, alegando que no Hospital Senhora da Luz só estão atendendo os casos de morte iminente.
Na nossa escala de plantão não temos médicos designados para o atendimento em emergência
pediátrica, já que não temos este setor, e sim um Neonatologista/Pediatra para assistir aos recém-nascidos em sala de parto, cuja demanda já é de mais um profissional tendo em vista o aumento absurdo da demanda nos últimos meses. Este profissional não pode ausentar-se de suas obrigações para atender em um setor que não existe, deixando o outro descoberto, com risco de conseqüências graves.
Deixamos claro que não é nossa intenção omitir socorro aos casos emergenciais, porém não temos estrutura física, leitos, profissionais habilitados nos mais diversos setores, para atender esta demanda, assim colocando em risco a saúde das crianças que nos procuram e a segurança profissional dos que os atendem.
Surpreende-nos a leniência por parte da edilidade municipal com relação ao exposto, tendo em vista não ter buscado alternativa para o problema desde o seu surgimento, aguardando a solução por parte do Estado, principalmente pelo fato do município ter gestão plena e ser referenciado por toda esta região. Não aceitaremos o improviso como solução para um problema que coloca a vida de nossas crianças em risco e não pagaremos o preço pela inércia das autoridades em resolvê-lo.
Como Coordenador da Maternidade deste hospital, sendo membro da Sociedade Brasileira de Pediatria e preocupado com a saúde desta particular população que necessita de um atendimento digno e qualificado, com humanização e respeito, solicito da Ilustre autoridade as medidas urgentes cabíveis, para salvaguardar os pacientes e os profissionais de nosso hospital e nos auxiliar na busca de uma real solução para este grande problema do momento.
Flávio A. L. Tavares de Melo
Coordenador da Maternidade
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