terça-feira, 1 de maio de 2012

Em fala do Dia do Trabalhador, Dilma diz que bancos têm 'lógica perversa'


Em pronunciamento pelo Dia do Trabalhador, exibido em rede nacional de rádio e televisão na noite desta segunda-feira (30), a presidente Dilma Rousseff cobrou redução maior nas taxas de juros por parte dos bancos privados e classificou como "inadmissível" que o Brasil, com "um dos sistemas financeiros mais sólidos e lucrativos, continue com um dos juros mais altos do mundo".

"Nosso sistema bancário é um dos mais sólidos do mundo. Está entre os que mais lucraram e isso tem lhe dado força e estabilidade, o que é bom para toda a economia, mas isso também permite que eles dêem crédito mais barato aos brasileiros. [...] O setor financeiro, portanto, não tem como explicar esta lógica perversa aos brasileiros. A Selic baixa, a inflação permanece estável, mas os juros do cheque especial, das prestações ou do cartão de crédito não diminuem", afirmou a presidente no pronunciamento exibido na véspera do Dia do Trabalhador, comemorado no 1º de maio.

A presidente falou que o governo tem se esforçado para cuidar do trabalhador brasileiro e que "Faz parte dessa luta o esforço do governo para reduzir os juros". "A economia brasileira só será plenamente competitiva quando nossas taxas de juros, seja para o produtor seja para o consumidor, se igualarem às taxas praticadas no mercado internacional."

Para Dillma, "os bancos não podem continuar cobrando os mesmos juros para empresas e para o consumidor enquanto a taxa básica Selic cai, a economia se mantém estável e a maioria esmagadora dos brasileiros honra com presteza e honestidade seus compromissos".

Ela citou ainda a redução de juros anunciada pela Caixa Economia Federal e pelo Banco do Brasil e disse que as instituições "escolheram o caminho do bom exemplo e da saudável concorrência de mercado provando que é possível baixar os juros".

"É importante que os bancos privados acompanhem esta iniciativa para que o Brasil tenha uma economia mais saudável e mais moderna. É bom também que você, consumidor, faça prevalecer seus direitos, escolhendo as empresas que lhe ofereça melhores condições", afirmou.

Do G1
Postado por Jota Alves

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