domingo, 20 de maio de 2012

20 anos depois, Collor continua forte na política

Ex-presidente sempre teve postura ambígua: nasceu na direita, mas sempre flertou com a esquerda
Vinte anos depois, musa dos caras-pintadas vira dona de pizzaria
Aos 17 anos, Cecilia cabulou aula para gritar “Fora, Collor”. Entre milhares de estudantes, foi fotografada e marcou o ano de 1992
Hoje, 20 anos depois do impeachment de Fernando Collor de Mello, a ex-musa vê o presidente deposto pela população cumprindo seu mandato no Senado Federal. Indignada, ela acompanha a política nacional à distância, no bairro da Lapa, zona oeste de São Paulo, onde abriu recentemente uma pizzaria. E para ela isso não é piada pronta.
“Sou uma pessoa decepcionada com esse sistema, não leio mais jornal porque fico angustiada. Por isso eu faço a minha política na base. Para mim, não deu tudo em pizza”, diz. Aos 37 anos, Cecilia é líder do movimento Boa Praça, que promove piqueniques comunitários na região de Pinheiros, onde mora com o marido e os dois filhos pequenos. Orgulha-se de ter recebido em 2011 o troféu Dia da Mulher, honraria concedida pela Prefeitura de São Paulo pelo trabalho voluntário.


Separada, ex-primeira-dama vira evangélica e, aos 47, decide trabalhar

Solteira e sem filhos, Rosane Malta reclama de solidão e diz que ‘precisa dar sacudida na vida’
Sem experiência profissional nem formação acadêmica, ela ainda não sabe onde, nem como, mas diz estar disposta a dar uma sacudida na vida.
Rosane vive sozinha na mansão nababesca construída quando ainda era casada com o ex-presidente na capital alagoana e divide seu tempo entre a academia de ginástica e as atividades religiosas e sociais da igreja evangélica batista El Shaddai, à qual se converteu alguns anos atrás. Ironicamente, Rosane foi levada à El Shaddai pela amiga Cecília, que há 20 anos era conhecida como Mãe Cecília, responsável por celebrações misteriosas nos quintais da Casa da Dinda que envolviam sacrifícios de animais.
Na mansão, ela vive cercada apenas de funcionários e seguranças escolhidos e contratados pelo ex-marido, o senador Fernando Collor (PTB-AL) e diz que não deixa o imóvel com medo de ficar sem um teto para morar.
Além disso, Rosane tem reclamado da falta de dinheiro. Ela move desde 2008 duas ações contra Collor no valor de R$ 1,2 milhão. A Justiça de Alagoas demorou mais de três anos só para conseguir citar o senador (cujo endereço e local de trabalho são mais do que conhecidos), mas os advogados de Rosane estão confiantes em uma decisão favorável nos tribunais de Brasília, onde a influência do ex-presidente não é tão grande.
Rosane culpa o ex-marido por todos os revezes de sua vida. Desde o fato de nunca ter engravidado até os escândalos que a estigmatizaram pelo resto da vida como as suspeitas de desvio na LBA e a compra de lingerie com recursos provenientes do esquema de PC Farias. Além disso, alimenta teorias conspiratórias quanto à sua segurança pessoal e costuma dizer que é uma das únicas sobreviventes do grupo próximo ao então presidente.

Portal IG

Postado por Cid Cordeiro

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