Em novo recado à direção do PV, a ex-presidenciável Marina Silva afirmou ontem que não teria se filiado ao partido sem a promessa de renovação em seu comando. Ela disse que recusaria o convite se os dirigentes verdes tivessem demonstrado a intenção de barrar mudanças na sigla, presidida por José Luiz Penna desde 1999. “Se alguém tivesse me dito, eu não teria entrado”, afirmou à Folha. “O que foi dito é que havia problemas, mas que estava em curso um processo de mudança.” Marina reclamou de “dirigentes que querem manter suas posições no partido” e, segundo ela, recusam-se a cumprir o compromisso de “modernizar” a legenda. Ela também rebateu críticas de aliados de Penna que, nos bastidores, a acusam de tentar derrubá-lo para assumir o controle da sigla.
“Só estou buscando ser coerente com as razões pelas quais eu me filiei”, disse a ex-senadora. “Não dá para continuar falando em nova forma de fazer política se acharmos que está bom assim.” Desde a semana passada, verdes próximos a Marina falam abertamente na hipótese de sair do PV e criar um novo partido para abrigá-la se Penna continuar no poder. Ela nega o plano em declarações públicas, mas fez uma ameaça velada anteontem, ao liderar ato pela “democratização” do PV em São Paulo. Diante de uma plateia de “marineiros”, a ex-presidenciável lembrou sua saída do Ministério do Meio Ambiente, em 2008, e a desfiliação do PT, no ano seguinte. “Quando achei que não estava mais coerente com o que pensava e fazia o governo, pedi para sair. Quando senti que não estava mais coerente com o que pensava e fazia o partido [PT], saí do partido.” Ontem, Marina voltou a negar a ideia de mudar de sigla. “Não estou cogitando essa história de sair do PV ou criar outro partido.”
Por Bernardo Mello Franco, da Folha
“Só estou buscando ser coerente com as razões pelas quais eu me filiei”, disse a ex-senadora. “Não dá para continuar falando em nova forma de fazer política se acharmos que está bom assim.” Desde a semana passada, verdes próximos a Marina falam abertamente na hipótese de sair do PV e criar um novo partido para abrigá-la se Penna continuar no poder. Ela nega o plano em declarações públicas, mas fez uma ameaça velada anteontem, ao liderar ato pela “democratização” do PV em São Paulo. Diante de uma plateia de “marineiros”, a ex-presidenciável lembrou sua saída do Ministério do Meio Ambiente, em 2008, e a desfiliação do PT, no ano seguinte. “Quando achei que não estava mais coerente com o que pensava e fazia o governo, pedi para sair. Quando senti que não estava mais coerente com o que pensava e fazia o partido [PT], saí do partido.” Ontem, Marina voltou a negar a ideia de mudar de sigla. “Não estou cogitando essa história de sair do PV ou criar outro partido.”
Por Bernardo Mello Franco, da Folha
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