Com o objetivo de provocar mais discussão sobre as mudanças climáticas, estimular a educação sobre meio ambiente e incentivar a produção e a execução de políticas públicas que ajudem a preservar a vida e a Terra, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) iniciou ontem a Campanha da Fraternidade 2011. O tema é “Fraternidade e a Vida no Planeta: A criação geme em dores do parto”.
De acordo com o secretário-geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, a entidade quer “conectar as pessoas como parte do problema, mas também como parte da solução”.
O texto base, principal publicação da Campanha, condena o desmatamento e as queimadas apontando para as atividades humanas que têm contribuído para o aquecimento do planeta “especialmente a partir da industrialização”. Segundo dom Dimas, desastres como os ocorridos na região serrana do Rio de Janeiro devem deixar em alerta os governos e a sociedade sobre a prática do desmatamento e ocupação desordenada do solo.
O secretário-geral da CNBB expôs também a preocupação da entidade diante do que chama de pressa do Congresso Nacional para aprovar o Código Florestal.
“O debate deve ser aprofundado com toda a sociedade”, propôs.
Para a CNBB, o agronegócio parece não se preocupar com o meio ambiente.
“Os fertilizantes, além de contaminarem lagos e rios, já são causadores de zonas mortas nas águas marítimas litorâneas”, diz o texto base da Campanha da Fraternidade.
O material produzido para a campanha servirá para orientar o estudo e reflexão das comunidades católicas. E será usado em encontros com crianças, jovens e adultos, assim como em celebrações, via-sacra e vigílias.
“A CNBB tem uma grande capilaridade, que vai desde os ribeirinhos da Amazônia até os grandes condomínios de luxo”, observou dom Dimas.
As cartilhas que a CNBB vai distribuir recomendam à população, entre outras ações urgentes, substituir sacolas plásticas por bolsas de algodão; usar menos o carro, economizar energia e fazer a coleta seletiva do lixo.
O papa Bento XVI, em carta de apoio à Campanha da Fraternidade, assinala que “a ecologia humana” é a primeira que tem que ser defendida.
“(…) Sem uma clara defesa da vida humana, desde sua concepção até a morte natural; sem uma defesa da família baseada no matrimônio entre um homem e uma mulher; sem uma verdadeira defesa daqueles que são excluídos e marginalizados pela sociedade, sem esquecer, neste contexto, daqueles que perdem tudo, vítimas de desastres naturais, nunca se poderá falar de uma autêntica defesa do meio-ambiente”, acentua a mensagem do papa.
Fonte: www.brasiliaconfidencial.inf.br
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