Quero morrer de manhã.
Janelas abertas.
Contemplando o sol e a vida.
Quero morrer de manhã.
Deve ser bonito um ocaso numa aurora.
Não quero camas brancas, cadeiras brancas
que fazem pensar que a gente vai morrer.
Quero morrer de manhã.
Os galos cantando.
O sol na vidraça,
e a vida passando lá fora.
Quero morrer de manhã.
A interminável noite virá depois
claro-escuro, de madrugada,
quero morrer de manhã.
Deve ser bonito um ocaso numa aurora
haverá sol, haverá luz, haverá vida
e ninguém há de pensar que eu vou morrer.
Ronaldo José da Cunha Lima
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