A data começou a ser comemorada ano passado, depois de uma lei estabelecendo sua criação ter sido sancionada em 2009 pelo então presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva: 25 de janeiro, até então lembrada nas folhas dos calendários pelo nascimento do nosso eterno maestro Tom Jobim, é o Dia Nacional da Bossa Nova, gênero musical que o compositor, ao lado de Vinícius de Morais e João Gilberto, elevou à maior e mais famosa expressão da música brasileira.
“Ela está em tudo”, afirma o jornalista e crítico musical Silvio Osias, que costuma dizer que tem a “idade da bossa” por ter nascido em 1959, ano em que João Gilberto lançou o LP Chega de Saudade, considerado um marco na história do gênero. “Da música de Chico, Caetano, Gil, até o rock de Rita Lee, que até hoje não se sabe se é uma cantora de rock que canta bossa ou uma cantora de bossa que canta rock, todos têm influência clara do ritmo”, completa Sílvio.
O ponto de convergência entre Tom Jobim e a bossa nova se dá antes até do lançamento de Chega de Saudade, mas também ocorre pelo dedilhar plácido de João Gilberto, segundo Sílvio Osias. Tudo começou no início dos anos 1950 quando Jobim, depois de abandonar a faculdade de arquitetura e iniciar sua carreira de pianista em bares e boates de Copacabana, foi contratado pela gravadora Odeon após uma passagem pela Continental. “Ele era pianista da noite e se fez músico de estúdio. Aqui e ali algum artista gravava uma canção sua. Foi então que, em 1956, Tom conheceu Vinícius de Morais”, relembra o jornalista.
Vinícius havia escrito a peça Orfeu da Conceição dois anos antes e, prestes a montá-la numa temporada histórica no Teatro Municipal, procurava um parceiro para assinar a trilha sonora. Foi a primeira de uma longa e exitosa parceria. As sete canções da trilha, arranjadas por Jobim, que regeu os 35 músicos da Orquestra Odeon, saiu em 1956 num disco homônimo ao título do espetáculo.
Logo em seguida, em 1958, viria Canção do Amor Demais, álbum de Elizeth Cardoso interpretando composições da dupla. Ao violão, um baiano até então desconhecido, que em duas faixas introduzia acordes dissonantes e harmonias sofisticadas à batida do samba: João Gilberto.
Nascia a bossa nova. Celebrada nacional e internacionalmente, prestigiada por nomes como Frank Sinatra, Billie Holliday e Stan Getz, o movimento continua ganhando adeptos e novos admiradores. Como os artistas da geração ironicamente apelidada na atual MPB como “fossa nova”. São jovens artistas como Bárbara Eugênia, Nina Becker, Tiê e Marcelo Camelo, que com suas vozes e violões mantêm vivo o legado sempre novo da bossa, que ganhou outros tons mas nunca conseguiu tirar a tristeza e a melancolia que não sai da gente.
Tiago Germano
Do Jornal da Paraíba
“Ela está em tudo”, afirma o jornalista e crítico musical Silvio Osias, que costuma dizer que tem a “idade da bossa” por ter nascido em 1959, ano em que João Gilberto lançou o LP Chega de Saudade, considerado um marco na história do gênero. “Da música de Chico, Caetano, Gil, até o rock de Rita Lee, que até hoje não se sabe se é uma cantora de rock que canta bossa ou uma cantora de bossa que canta rock, todos têm influência clara do ritmo”, completa Sílvio.
O ponto de convergência entre Tom Jobim e a bossa nova se dá antes até do lançamento de Chega de Saudade, mas também ocorre pelo dedilhar plácido de João Gilberto, segundo Sílvio Osias. Tudo começou no início dos anos 1950 quando Jobim, depois de abandonar a faculdade de arquitetura e iniciar sua carreira de pianista em bares e boates de Copacabana, foi contratado pela gravadora Odeon após uma passagem pela Continental. “Ele era pianista da noite e se fez músico de estúdio. Aqui e ali algum artista gravava uma canção sua. Foi então que, em 1956, Tom conheceu Vinícius de Morais”, relembra o jornalista.
Vinícius havia escrito a peça Orfeu da Conceição dois anos antes e, prestes a montá-la numa temporada histórica no Teatro Municipal, procurava um parceiro para assinar a trilha sonora. Foi a primeira de uma longa e exitosa parceria. As sete canções da trilha, arranjadas por Jobim, que regeu os 35 músicos da Orquestra Odeon, saiu em 1956 num disco homônimo ao título do espetáculo.
Logo em seguida, em 1958, viria Canção do Amor Demais, álbum de Elizeth Cardoso interpretando composições da dupla. Ao violão, um baiano até então desconhecido, que em duas faixas introduzia acordes dissonantes e harmonias sofisticadas à batida do samba: João Gilberto.
Nascia a bossa nova. Celebrada nacional e internacionalmente, prestigiada por nomes como Frank Sinatra, Billie Holliday e Stan Getz, o movimento continua ganhando adeptos e novos admiradores. Como os artistas da geração ironicamente apelidada na atual MPB como “fossa nova”. São jovens artistas como Bárbara Eugênia, Nina Becker, Tiê e Marcelo Camelo, que com suas vozes e violões mantêm vivo o legado sempre novo da bossa, que ganhou outros tons mas nunca conseguiu tirar a tristeza e a melancolia que não sai da gente.
Tiago Germano
Do Jornal da Paraíba
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