sexta-feira, 23 de julho de 2010

Os urubus apareceram em Alagoinha


Demorou um pouco, mas a campanha está deflagrada nas ruas.
E nem velório escapa. A dor de alguém serve para gestos de solidariedade e de quebra ser visto, conquistar votos.

Seria o pânico de perder?


Nada demais políticos participarem de enterros, é um ato de solidariedade cristã.
Porém, o povo percebe que algo está fora da ordem e que o motivo é a caça aos votos.

Duas figuras indefectíveis estavam lá com seus olhares tristes, consternados, apertando mãos, dando tapinhas e de quebra sendo vistos. Melancólico interesse, pai e filho distribuindo pêsames se despencaram da vizinha Guarabira.

Ah, que bom neste período eles dão às caras.

Dizem que semana passada, Guarabira assistiu uma carreata, passeata, sei lá o quê em pleno caminhar para o cemitério.


Tudo bem... Não vamos mudar o mundo.

Neste exato momento só tenho a fazer um pedido a Deus: “Senhor, não permita que eu morra em pleno ano político eleitoral, principalmente entre os meses de julho, agosto, setembro e no primeiro domingo de outubro”.


O tema é mórbido, mas mesmo parecendo estranho e incômodo deve ser dito porque nem tudo são flores. São votos.



E assim caminha a humanidade... Os políticos correm.



Cid Cordeiro






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