A redação do brejo.com recebeu fotos que revelam a precariedade na qual estão vivendo alguns moradores de Alagoa Grande, município do Brejo paraibano com mais de 28 mil habitantes, devido à estiagem e a péssima qualidade da água que chega nas residências.
Segundo o cidadão Paulo José, de 20 anos, que reside no centro da cidade, há casas onde quase não se ver água nas torneiras, pois o racionamento dura cerca de dois a três dias e quando a água chega, segundo o morador, demora aproximadamente quatro horas.
“Estamos passando por um racionamento de água, e quando ela chega vem desse jeito. Então, fica complicado fazer uso dessa água, que é barro puro. Se você tentar lavar as mãos, elas ficam mais sujas ainda”, relatou o morador.
Outro ponto que o cidadão ressalta é que como a água é inadequada para o uso doméstico, fica impossível reservá-la, situação que se agrava devido ao racionamento. Ele disse que a deficiência no abastecimento se agravou após o segundo turno das eleições e que o fato da água vir misturada com barro começou há duas semanas.
“É um absurdo a questão dessa água. Infelizmente em Alagoa Grande só se toma medidas provisórias e quando passa por esse problema no período do inverno não há providência. Nós pagamos nossas contas e não somos animais”, desabafou o cidadão.
O diretor da Cagepa Regional, o engenheiro Adário Nóbrega, confirmou que Alagoa Grande está passando por um dos momentos mais críticos em relação ao abastecimento d´água, pois, segundo ele, a vazão do riacho Serra Grande, que fornece água à cidade ,está diminuindo cada vez mais, devido ao período de estiagem, um dos piores já registrados na região do Brejo.
“ O índice pluviométrico em Alagoa Grande não ultrapassou 500 mm, metade do esperado. De fato, a água fornecida só consegue abastecer 25 % da cidade, por isso da necessidade de se fazer o racionamento, ou seja, a manobra do abastecimento na localidade, que não dispõe de barragem”, explicou o diretor.
No que diz respeito à qualidade da água que chega às torneiras, Adário disse que desconhece o fato. O diretor relatou que é estranha a denúncia já que não há informações sobre vazamento na rede de distribuição, além disso, de acordo com o engenheiro, quanto menor a quantidade de água maior a eficácia dos filtros. O diretor disse que mandará uma equipe checar a denúncia, para que sejam tomadas as providências necessárias.
Há duas semanas, a Defesa Civil do Estado divulgou que o número de municípios em situação de emergência devido ao racionamento de água subiu para 13%. Desde janeiro, o órgão contabilizou 80 municípios paraibanos em estado de emergência. Também declararam calamidade pública por falta de água as cidades de Bananeiras, localizada na região do Brejo, e Serra da Raiz, que faz parte da microrregião de Guarabira.
Dentre as regiões afetadas, o Sertão é a que apresenta o maior índice de municípios que sofrem com a estiagem, 42. Na Borborema e no Agreste, o número de municípios que sofrem com a falta de chuva chega a 18, em cada região. Já na Zona da Mata, a Defesa Civil contabilizou apenas dois municípios.
Por Simone Bezerrill/Brejo.com
Segundo o cidadão Paulo José, de 20 anos, que reside no centro da cidade, há casas onde quase não se ver água nas torneiras, pois o racionamento dura cerca de dois a três dias e quando a água chega, segundo o morador, demora aproximadamente quatro horas.
“Estamos passando por um racionamento de água, e quando ela chega vem desse jeito. Então, fica complicado fazer uso dessa água, que é barro puro. Se você tentar lavar as mãos, elas ficam mais sujas ainda”, relatou o morador.
Outro ponto que o cidadão ressalta é que como a água é inadequada para o uso doméstico, fica impossível reservá-la, situação que se agrava devido ao racionamento. Ele disse que a deficiência no abastecimento se agravou após o segundo turno das eleições e que o fato da água vir misturada com barro começou há duas semanas.
“É um absurdo a questão dessa água. Infelizmente em Alagoa Grande só se toma medidas provisórias e quando passa por esse problema no período do inverno não há providência. Nós pagamos nossas contas e não somos animais”, desabafou o cidadão.
O diretor da Cagepa Regional, o engenheiro Adário Nóbrega, confirmou que Alagoa Grande está passando por um dos momentos mais críticos em relação ao abastecimento d´água, pois, segundo ele, a vazão do riacho Serra Grande, que fornece água à cidade ,está diminuindo cada vez mais, devido ao período de estiagem, um dos piores já registrados na região do Brejo.
“ O índice pluviométrico em Alagoa Grande não ultrapassou 500 mm, metade do esperado. De fato, a água fornecida só consegue abastecer 25 % da cidade, por isso da necessidade de se fazer o racionamento, ou seja, a manobra do abastecimento na localidade, que não dispõe de barragem”, explicou o diretor.
No que diz respeito à qualidade da água que chega às torneiras, Adário disse que desconhece o fato. O diretor relatou que é estranha a denúncia já que não há informações sobre vazamento na rede de distribuição, além disso, de acordo com o engenheiro, quanto menor a quantidade de água maior a eficácia dos filtros. O diretor disse que mandará uma equipe checar a denúncia, para que sejam tomadas as providências necessárias.
Há duas semanas, a Defesa Civil do Estado divulgou que o número de municípios em situação de emergência devido ao racionamento de água subiu para 13%. Desde janeiro, o órgão contabilizou 80 municípios paraibanos em estado de emergência. Também declararam calamidade pública por falta de água as cidades de Bananeiras, localizada na região do Brejo, e Serra da Raiz, que faz parte da microrregião de Guarabira.
Dentre as regiões afetadas, o Sertão é a que apresenta o maior índice de municípios que sofrem com a estiagem, 42. Na Borborema e no Agreste, o número de municípios que sofrem com a falta de chuva chega a 18, em cada região. Já na Zona da Mata, a Defesa Civil contabilizou apenas dois municípios.
Por Simone Bezerrill/Brejo.com
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